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RIO: Zona de Guerra

Ficção policial situada no Rio de Janeiro do futuro. Recomendado para jovens adultos e adultos por sua linguagem e conteúdo sexual.

“Em um futuro próximo, as desigualdades sociais e econômicas chegaram a níveis tão alarmantes que o Estado não tem condições de manter a ordem e garantir a segurança pública.

Todo o poder é concentrado nas mãos de megacorporações multinacionais que criam e impõem as leis por meio de suas milícias particulares, chamadas Polícias Corporativas.No Rio de Janeiro, a Fronteira, uma muralha intransponível que cerca a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, protege os interesses das megacorporações, relegando os habitantes dos demais bairros a uma vida sem lei em um território dominado pelas gangues.Tudo pode acontecer quando o assassinato de uma prostituta no edifício de uma megacorporação leva um detetive particular a voltar para a Barra da Tijuca após anos de exílio no que todos se acostumaram chamar de Zona de Guerra.”

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Autores: Leo Lopes

Produto ID: 9788567901008

6 em estoque

Descrição

Dados técnicos:

Formato: 14×21 cm

Tipo de capa: Supremo Cartão 250g

Papel: Lux Cream 70g

Quantidade de páginas: 208

Ilustração de capa: Diego Cunha

Projeto gráfico e diagramação: Roberto Hasselmann

Revisão: Miriam Machado

Informação adicional

Peso 340 g
Dimensões 1,2 × 14 × 21 cm

Avaliações

  1. Telma Myrbach

    Rio de Janeiro em guerra civil (dá pra imaginar, não é?).

    A Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes é cercada por uma muralha que serve de fronteira para dois “mundos” completamente distintos.

    Do lado de dentro, o pessoal da elite, com grana, belíssimas moradias, comida e facilidades (amei os carros que aqui são chamados “flutuadores”… imaginam o porquê do nome?); do outro lado os famintos, o tráfico, os desabrigados.

    O que define quem vive de cada lado?

    As mesmas definições na nossa sociedade atual: a politicagem, a “ditadura enrustida”, a opressão… enfim, uma sociedade muito parecida e muito diferente da nossa (ao menos por enquanto)… veja o quote abaixo:

    O Estado não tinha mais como arcar com custos de segurança. Não era mais possível garantir o bem estar dos” cidadãos de bem” que ficavam dentro da Fronteira, protege-los contra as hordas imundas de gangues e de desafortunados que não tinham créditos para comprar suas passagens para fora da Zona de Guerra. Toda a segurança dentro da Barra da Tijuca, inclusive a patrulha de inúmeros quilômetros de muralhas da Fronteira, ficava dividida entre as polícias das centenas de mergacorporações multinacionais com escritórios no Rio de Janeiro. Nada de cadeias ou prisões. Os criminosos simplesmente eram jogados do lado de fora da muralha, para sobreviverem de Guerra, ou executados durante as investigações.” (p.19)

    O grifo em negrito é meu… mas… dá pra imaginar? Além dos criminosos, quem vivia do lado de fora era quem não tinha créditos para pagar a vida dentro (crédito = moeda vigente), ou seja, pessoas como você e como eu.

    São 3 os personagens que mais chamam a atenção:

    Carlos Freitas: o detetive, cheio de falhas… que poderia viver dentro da Fronteira mas prefere ajudar os injustiçados do lado de fora (perdeu muito na vida com isso, mas ganhou meu respeito). Veja uma das falas que mostram muito do seu caráter:

    – Se não fosse a Fronteira – Freitas interrompeu, alterando um pouco o tom de voz -, essas pessoas não estariam entregues à própria sorte, sem a menor infraestrutura e condições de vida. O que esses corporativos filhos da puta achavam que ia acontecer? Que o crime ia diminuir do outro lado? Não faz sentido, Rocha. Nunca fez. (p.33)

    Vivian Ballesta: prostituta que trabalhava dentro da Fronteira… vou deixar você com a descrição original dela:

    A mulher era alta, ruiva e tinha olhos naturalmente verdes. Freitas sabia disso porque odiava o efeito falso que as manipulações genéticas de íris, tão na moda atualmente, causavam. Não tinha no rosto nenhuma maquiagem, a não ser o batom extremamente vermelho, e, mesmo assim, sua pele era completamente lisa e limpa. (p.18)

    Renata Braga, advogada que trabalha dentro da Fronteira. A vida por lá lhe deu muita grana. Já tinha tido um envolvimento com Freitas (que você vai saber qual, quando ler o livro 😉 ). Também deixo você com a descrição dela:

    Renata era uma mulher bonita com um pouco mais de trinta e cinco anos. Tinha cabelos escuros muitos lisos, cortados na altura do ombro e usava um tailleur bem ajustado ao corpo. A saia, que se estendia até logo acima dos joelhos, revelava pernas de alguém que estava em forma e que certamente se preocupava com a aparência.

    O que essas pessoas têm em comum neste momento da história do livro?

    Envolveram-se, cada uma à sua maneira, para descobrir sobre o suicídio (que Vivian cria ser assassinato) de uma prostituta amiga de Vivian. (Uma amizade coloridíssima, você vai comprovar).

    Vou relatar abaixo a cena do suicídio que está no primeiro capítulo do livro:

    Imerso em seus pensamentos, Sebastião foi pego de surpresa pelo estrondo e estilhaços de plastvidro que atingiram a parte de trás de seu corpo. (…). Uma mulher jazia sobre o que restava do teto do elegante flutuador último tipo. Ela estava afundada sobre o teto, algumas partes do corpo tão mescladas à superfície lustrosa do veículo que pareciam ter sido fabricadas junto com ele.
    O que mais chocou Sebastião não foi a nudez da mulher, nem o sangue que escorria de sua boca e empoçava sobre o material plástico deformado, nem o fato de estar calçando sapatos de salto altíssimo, nem a posição em que seu corpo ficou, com as pernas viradas para um lado e o tronco para o outro. O que mais chocou o porteiro foi ela estar de olhos abertos, e o azul profundo daqueles olhos ainda parecer emanar vida, mesmo que ele tivesse certeza de que ela estava morta.

    Por que colocou tantos quotes, Telma?

    Porque, além de ambientar, eu também queria que vocês visse um pouquinho da qualidade da escrita de Leo, além do excelente trabalho de revisão e diagramação do livro.

    Não há erros de Português!

    A Avec é uma Editora que acaba de se lançar no mercado mas percebo claramente que ela preza pela qualidade, ao invés da quantidade. Já peguei livros de Editoras grandes com erros tipográficos e gramaticais! Isso me dá dor de estômago…rs* Sério! Fico mal…rs

    Também sei que os quotes que coloquei não contém spoilers, então, por que não dar essa “canja” pra vocês? Né? É!

    A trama é intensa, veloz e fica-se querendo demais saber o que vai acontecer a seguir. Torci muito por Freitas! Torci também para descobrirem a verdade sobre o assassinato disfarçado de suicídio. Mas não posso contar mais nada… ou me colocarei pra fora da Fronteira por soltar spoilers, ou mesmo me executarei myself! Hsuahsauhsuahsuhasuhaushuahsua

    Ok… é isso!

    Último lance: eu havia lido em uma resenha, no Skoob, que esse livro que era uma cópia piorada de Rio 2054, que também li e também achei fenomenal, mas creiam: são livros com elemento em comum, mas com contextos e história completamente diferentes. Os focos são diferentes também.

    Ademais quem disse que foi uma cópia, ignora que Rio, Zona de Guerra foi escrito primeiro.

    Achei injusta a acusação e como sou tal qual Freitas, deixo esse erro retificado nessa resenha.

    E aí? Falei bonito, né?

    Então me beijem!

    Beijos queridos.

    PS.: é possível que essa resenha contenha erros ortográficos ou gramaticais. Ainda será revista. Acaba de sair do forno direto procês!

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