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Le Chevalier e a Exposição Universal

O ano é o de 1867 e Paris prepara-se para celebrar a Exposição Universal, consolidando-se como a capital do mundo moderno!

Impulsionada pela tecnologia a vapor do professeur Verne, Paris se tornou o epicentro de uma renovada Europa. Ferro, fumaça e óleo lubrificam o caminho do Império Francês enquanto drozdes mecânicos saltitam entre a multidão.

Mas uma ameaça paira sobre a cabeça de Napoleão! Em uma guerra de apenas sete semanas, a Prússia derrota a Áustria e lança seus olhos cobiçosos sobre a rica e aristocrática França. Dos campos de batalha para os becos sujos da capital, dos jantares nababescos a catacumbas infestadas de ratos, assassinos e chantagistas se espalham no submundo da espionagem internacional.

Mergulhado nas trevas, o Bureau convoca o seu melhor homem: Um espião sem passado. Sem nome. A serviço da sua Majestade, ele é conhecido apenas como: Le Chevalier!

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Produto ID: 9788567901077

3 em estoque

Descrição

Formato: 23 x 26 cm
Quantidade de páginas: 192
Papel: Polen Bold 90g

Editor: Artur Vecchi
Capa e diagramação: Marina Ávila
Ilustração de capa: Diego Cunha
Revisão: Luiz Fernando Manassi Mendez

Informação adicional

Peso 250 g
Dimensões 1,5 × 16 × 23 cm

Avaliações

  1. Telma Myrbach

    A Avec vem me impressionando mais e mais com suas edições.

    Desta vez trata-se de um speampunk¹ nacional, do autor Andre Zanki Cordenonsi, que veio ao mundo para fazer algumas pessoas crerem que nossos brasileiros podem ser melhores do que os outros… no mínimo, podem ser tão bons quanto!

    WOW!
    André (posso te chamar assim, monsieur Cordenonsi?) me impressionou demais!

    Steampunk está longe de ser meu gênero favorito e eu me empolguei na leitura (que me fez ficar curiosa e dar risadas, como costuma acontecer nas leituras de Sir Arthur Conan Doyle e seu famoso personagem Sherlock Holmes).

    Fatos históricos são tão bem traçados e entremeados com a ficção, que acreditamos piamente que tudo aconteceu.

    Fiquei o tempo todo me perguntando se André tinha alguma formação em História ou o trabalho de pesquisa é uma paixão que o tornou um expert no assunto. Na verdade, quis muito ser um neurônio do autor pra ver como toda essa maquinaria funciona. Juro!

    A história passa-se em 1867 em Paris, onde está para acontecer a Exposição Universal. Nessa exposição (que eu comparei mentalmente à Copa do Mundo em nossos tempos), cada país tem chance de sair com fama e prestígio, ou com o nome enlameado, portanto o acontecimento é de mobilização geral.

    O contraste sócio-econômico (ruas sujas X moradias suntuosas; extrema pobreza X extrema riqueza) chamou demais minha atenção, nessa sociedade paralela.

    A ambientação é perfeita: muito vapor, latão, zinco, cristal de quartzo, cobre, etc., pelas cidades e os drozdes (pelos quais me apaixonei perdidamente), que, como animais de estimação, acompanham seus donos no dia a dia do local. Cada um deles têm um comportamento individual (que tem muito a ver com seus donos, como notei) que lhes permite um certo grau de raciocínio e personalidade.

    Logo no início temos uma morte brutal, onde o assassino fez questão de matar também o drozde (seria uma modus operandis de algum matador conhecido?):

    Um sorriso malvado surgiu entre seus lábios finos e, com um salto atlético, ele alcançou o pequeno drozde coruja, que piava desesperado, sem entender o que estava acontecendo. Ele acariciou lentamente o pequeno artefato de cobre, como se o acalantasse da perda do amo.

    Então uma raiva corrosiva relampejou em seus olhos, e trouxe um brilho obscuro às suas faces escorridas. Com os dentes trincados, ele destruiu o drozde, socando-o repetidamente no chão, até vê-lo desmantelado entre seus dedos.

    Como era possível que Napoleão III corresse perigo, mas a exposição não podia ser adiada ou interrompida (para que a supremacia francesa reverberasse pela Europa Continental – The Show Must Go On), resolveram chamar o homem que era conhecido por “Le Chevalier” (O Cavaleiro, em Português) para solucionar o caso.

    Le Chevalier havia sido afastado de seu posto de agente secreto do Império Francês, mas sua eficiência e eficácia eram grandes demais, assim sendo, voltou-se atrás na decisão do afastamento e ele foi designado para descobrir que país e quem, encomendara aquele assassinato.

    Le Chevalier era sempre acompanhado de Persa (seu leal escudeiro assistente) e Persa me fez rir demais com seus jargões acertadíssimos para a época e local.

    Outros personagens também roubaram meu coração, como é o caso de Juliette. Uma criança espertíssima e pobre, que dentre outras coisas, construía seus artefatos para furtar a população (em especial em época de festas) para seu sustento.

    Descobrir quem matou e porque, tornou-se minha missão e eu me descobri ajudando O Cavaleiro a descobrir toda a trama e a escapar impune das tentativas de assassinato nessa conspiração internacional.

    Que tal envolver-se nessa missão também?

    Termino dizendo que a diagramação da Editora Avec está maravilhosa, as ilustrações dos personagens que aparecem ao final do livro foram o que vi primeiro, para desenhá-los (na minha mente) nas cenas bem descritas.

    Algumas pessoas podem incomodar-se um pouco com as notas de rodapé que o autor coloca em abundância, já eu gostei demais de tê-las como referência para o que eu não conhecia.

    A escrita fluída, inteligente e rebuscada (na medida certa) me impressionaram muito e me deixaram ansiosa para a próxima obra. O conhecimento de Cordenonsi sobre o que escreve é notável e me senti aprendendo enquanto me divertia.

    Super recomendo!

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