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Hoje trazemos uma entrevista com o autor de “A Cicatriz Invisível”, Júlio Ricardo da Rosa. Ele nos conta tudo sobre o seu processo criativo na elaboração do livro.

  • De onde surgiu a vontade de escrever um livro com a temática do futebol?

A ideia veio pronta. Um cronista esportivo conhecido que se envolve com uma mulher misteriosa. O futebol é um ambiente muito rico para este tipo de trama que envolve mistério e traições. Outras literaturas exploram muito os esportes para narrativas de suspense.

  • No seu livro “A Cicatriz Invisível”, você intercala a narrativa da história que está sendo contada, com crônicas esportivas. Como funcionou esse processo criativo pra você?

Desde criança gostava a de ouvir os comentaristas nos intervalos e ao final dos jogos. Eles tinham bastante espaço para analisar o jogo e escreviam crônicas nos jornais que ultrapassavam os limites do esporte, mesmo que o usassem como tema.
Assim resolvi ser “cronista esportivo de ficção,” inventando aquelas análises de partidas inexistentes, mas que poderiam ter existido em algum campeonato. Ao mesmo tempo, realçam características do personagem principal.

  • “A Cicatriz Invisível” é um romance noir na tradição de David Goodis e Cornell Woolrich. Poderia comentar como é o seu trabalho envolvendo essas e outras referências?

“A Cicatriz Invisível” é a soma de muitas leituras. Além dos autores mencionados ela deve muito a Rubem Fonseca e a Manuel Vazquez– Montalbán. Poderia citar muitos outros como Charles Williams e Leonardo Padura. Eu diria que é uma história dentro desta tradição. Com reviravoltas, mistério, momentos de paixão e suspense. Um universo em que não existem inocentes.

  • Como você diria que “A Cicatriz Invisível” é importante para você, como autor?

“A Cicatriz Invisível” é um passo adiante no meu projeto de escrever também literatura policial. Estou corrigindo um original que é uma história de detetive com um toque de fantástico, ou melhor, de “inexplicável.” Meus livros tem sido uma mescla de romances de aventuras, com toques históricos e suspense. Não penso em abandonar este caminho, mas vou trilhar outros. “A Cicatriz” marca o primeiro movimento nestas outras possibilidades. Ano passado lancei um e-book chamado “O Inverno do Vampiro” que recebeu o prêmio de melhor narrativa longa de terror na “Odisséia de Literatura Fantástica,” e deve ganhar uma edição física este ano. É um outro caminho a ser explorado.